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Com coronavírus, Banco Central prevê crescimento zero do PIB em 2020

Banco Central prevê que a economia brasileira em 2020 não registre crescimento. De acordo com Relatório de Inflação, publicado nesta quinta-feira, 26, a instituição revisou sua previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% para zero. O avanço da epidemia causada pelo novo coronavírus no Brasil, com a restrição de circulação de pessoas e de atividades em algumas cidades e estados do país afeta o desenvolvimento da economia.

Na semana passada, o Ministério da Economia havia revisado suas previsões macroeconômicas, projetando um PIB a 0,02% neste ano, abaixo dos 2,1% de anteriormente. Para enfrentar a epidemia da Covid-19, o governo federal decretou estado de calamidade pública, com isso, o governo pode desobedecer as metas fiscais. Além disso, há medidas de flexibilizações trabalhistas, para tentar preservar postos de trabalho, antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas, e também medidas paliativas de auxílio a trabalhadores informais, Esta, embora anunciada, ainda não teve a medida provisória publicada.

As revisões tanto da autoridade monetária quanto do governo federal ainda são mais otimistas que algumas instituições internacionais.  É o caso do Bank of America, que prevê a economia brasileira recuando 0,5%, o Goldman Sachs, -0,9% e o JPMorgan, 0,9%. No início da semana, o mercado financeiro brasileiro estimava crescimento de 1,48%, segundo o Boletim Focus.

“A economia mundial, incluindo a brasileira, passa por momento de elevado grau de incerteza em decorrência da pandemia de coronavírus, que está provocando desaceleração significativa da atividade econômica, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros”, informou o BC no relatório em que reviu sua estimativa de crescimento. No relatório, também consta uma revisão de inflação: de 3,1% para 2,6¨%. A meta fiscal continua sendo de 4% ao ano. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais e para menos.

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Em 2019, o PIB cresceu 1,1%, desempenho mais fraco em três anos, com o resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das famílias. Em 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3%.

Fuente: Veja